Avenida da Ponte: Regresso II

Este texto segue na sequência do último texto, não como direito de resposta, mas como vontade de responder.

Em primeiro lugar, para corrigir o que foi referido sobre o que escrevi e, em segundo lugar para poder continuar uma discussão sobre um tema urbano importante para a cidade, o tema e a discussão.

No texto que escrevi, não disse em lado nenhum qual o sentido e a função que defendia para o arranjo da Av. da Ponte, deixei essa solução em aberto e defendi sobretudo um concurso público e uma discussão sobre o tema.

Fundamentalmente concordei que é urgente (há muitos anos) o arranjo desta área como de outras da cidade, que no texto identifiquei.
Agora que quer o Parque das Camélias, como o viaduto rodoviário, tem apetência para serem em parte áreas verdes, a Avenida da Ponte tem pouca ou nenhuma. O projecto da autoria do Távora se na altura podia ter algum sentido, o que duvido, hoje ainda tem menos. Trata-se de um espaço urbano central, que necessita de remates à malha urbana ferida e, ainda apresenta uma topografia que pouco se coaduna com um jardim (mais com os taludes do Douro).
Também não estou de acordo que é uma oportunidade para construir 300 habitações, ou mesmo só habitação. Aliás quando ouço falar deste número de habitações, só me vem à cabeça os erros urbanísticos dos bairros sociais e as suas monovalências.

O que hoje necessita esta área não é mais uma Avenida, porque já não existe, mas sim uma reinvenção deste espaço urbano, colmatando empenas e feridas existentes, atribuindo-lhe construção a uma escala adequada ao contexto e com função integrada na cidade.

Não defendo nesta fase mais o que um levantamento rigoroso e uma discussão, noutra o Desenho Urbano.

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